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domingo, 15 de julho de 2012

Neurónios explicam porque temos menos olfacto que os animais

Uma equipa de cientistas europeus descobriu que o nosso bolbo olfactivo, uma estrutura do cérebro dos vertebrados que processa os estímulos sensoriais provenientes do nariz, apresenta uma característica única. É diferente de todos os outros mamíferos porque depois de nascermos não se desenvolvem novos neurónios nesta área. Isto pode explicar por que razão não temos um senso de cheiro tão apurado como os animais, avança a CORDIS.
Em mamíferos adultos são formados novos neurónios em duas regiões do cérebro: o hipocampo e o bolbo olfactivo. A memória está relacionada com o hipocampo, enquanto a interpretação de odores é criada através do bolbo olfactivo. Apesar das tentativas feitas para saber mais sobre a formação de novas células nervosas no cérebro humano, não existia nenhuma resposta conclusiva.

No entanto agora, os autores deste estudo resolveram o enigma calculando a idade das células. Para tal, mediram a quantidade de isótopo radioativo carbono-14 das células. O carbono-14 é um radioisótopo natural de carbono que se encontra na matéria orgânica e, portanto, que se incorpora no DNA cada vez que uma célula se produz. Os cientistas observaram que os neurónios no bolbo olfactivo de indivíduos humanos adultos possuíam uma concentração de carbono-14, o que correspondia com a existente na atmosfera no momento do nascimento. Portanto, após o nascimento não ocorrem novos neurónios nessa parte do cérebro, o que distingue o ser humano do resto dos mamíferos.
“Seria lógico que os humanos fossem como os outros animais, especialmente os macacos, neste aspecto”. Mas “a verdade é que os humanos dependem menos do sentido de olfacto para sobreviver do que muitos outros animais e isso pode estar relacionado com a geração de novas células no bolbo olfactivo”, afirma o investigador principa do estudol, Jonas Frisén.
A investigação, publicada na revista Neuron, foi dirigida pelo Instituto Karolinska da Suécia e realizada em colaboração entre cientistas da Áustria, França e Suécia.

consultar:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54670&op=all

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