Olá a todos os que visitam este Blog

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Novo super-adesivo baseia-se nas patas das lagartixas

Descoberta da Universidade de Massachusetts Amherst faz capa da «Advanced Materials»

2012-02-17


Novo dispositivo chama-se «Geckskin» Inspirados na capacidade que alguns répteis da família dos lagartos (os geconídeos) têm de ficarem presos a paredes lisas e a tectos, cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst criaram um dispositivo chamado «Geckskin» que permite colar e descolar facilmente um objecto com 300 quilogramas a uma parece lisa. A descoberta faz a capa da mais recente edição da «Advanced Materials».

A habilidade destes animais reside na constituição da planta do pé. “As patas das lagartixas podem colar-se e descolar-se com facilidade sem que fique nenhum resíduo pegajoso na superfície que pisam”, explica o biólogo Duncan Irschick, que estuda estes animais há 20 anos.

A habilidade destes animais reside na constituição da planta do pé. “As patas das lagartixas podem colar-se e descolar-se com facilidade sem que fique nenhum resíduo pegajoso na superfície que pisam”, explica o biólogo Duncan Irschick, que estuda estes animais há 20 anos. As propriedades de reversibilidade e de alta aderência em seco são uma fonte de inspiração para criar materiais sintéticos que podem colar e descolar objectos pesados de uso quotidiano, como televisores ou computadores, às paredes. Podem também ter diferentes aplicações médicas e industriais.

Os investigadores criaram um dispositivo chamado «Geckskin» (pele de geco), com 40 centímetros quadrados, que pode suportar uma força máxima de 300 quilogramas colado a uma superfície lisa como o vidro. Além da sua capacidade de aderência, o dispositivo, segundo os seus criadores, pode ser despegado sem esforço significativo e reutilizar-se muitas vezes sem perder eficácia. Os esforços para sintetizar o poder aderente das patas do lagarto basearam-se nas qualidades dos pêlos microscópios do seu pé (chamados cerda de numa escala maior, até porque não se conhecia bem a total complexidade do pé dos répteis. Segundo Duncan Irschick, o pé do lagarto tem vários elementos que interactuam entre si, e que incluem os tendões, os ossos e a pele. Todos trabalham juntos para produzir uma aderência facilmente reversível. A inovação da equipa de investigadores, que não achou necessário utilizar as cerdas para obter um rendimento semelhante, foi a criação de um adesivo integrado com um pano almofadado macio cosido numa estrutura rígida que pode ser colada sobre uma superfície para maximizar o contacto. Tal como nos pés da lagartixa, esta ‘pele’ tem um tendão sintético que desempenha um papel chave para manter a rigidez e a liberdade de rotação. Esta almofada adesiva utiliza materiais simples e quotidianos como o polidimetilsiloxano (óleo de silicone), que, segundo os investigadores é um material promissor para o desenvolvimento de uma adesivo seco de baixo custo, resistente e duradouro.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=53112&op=all (19/02/2011)



1 comentário:

  1. Que giro!
    Em Química, também usámos o exemplo da lagartixa para falar em interações moleculares.

    E realmente, a melhor forma de inventar algo que funcione, é tentar imitar a Natureza :P

    ResponderEliminar